Yama, “princípios éticos”, sendo o mais importante ahimsa, “não-violência”. Nas palavras de Morihei, “Aqueles que procuram a competição estão cometendo um grave erro. Bater, ferir ou destruir é o pior pecado que um ser humano pode cometer”.

Niyama, “disciplina”. No Aikidõ, recebe o nome de tanren (forjar): “O objetivo do treinamento é disciplinar o indolente, enrijecer o corpo e polir o espírito.”

Asana, “posturas graciosas”. Às vezes é útil que o praticante pense nos movimentos do Aikidõ não como técnicas de uma arte marcial, mas como: asana, posturas físicas que ligam o praticante a verdades mais elevadas. Como asana, as técnicas do Aikidõ são dolorosas e difíceis no começo, mas no final se tornam mais fáceis, mais estáveis e mais agradáveis. Um princípio do ioga diz que “a asana é perfeita quando o esforço para executá-Ia desaparece” e “quem domina a asana conquista os três mundos”. Morihei ensinava: “ Os quatro membros do corpo são os quatro pilares do céu.”

Pranayãma, “controle da respiração”, é necessário para partilhar da respiração do universo:

“Inspire e deixe-se levar até os confins do universo; expire e traga o cosmos de volta para dentro de você. Em seguida, respire toda a fecundidade da terra. Finalmente, mescle a respiração do céu e a respiração da terra com a sua própria respiração, transformando-se na própria Respiração da Vida.”

Dharana, “fixando a mente”, também conhecida como ekagratã, “mantendo um único ponto”, é um conceito bem-conhecido nos círculos do Aikidõ:

“Se está centrado, você pode se movimentar livremente. O centro físico é sua barriga; se sua mente também está assentada ali, você pode ter certeza da vitória em qualquer empreendimento.”

Dhyana, “meditação”, é um estado de intuição profunda e de visão clara:

“Expulse os pensamentos limitadores e retome ao verdadeiro vazio. Poste-se no meio do Grande Vazio.”

Samadhi, “absorção total”, vai ainda mais longe. No samadhi, a distinção entre cognoscente e coisa conhecida se dissolve, uma transfiguração que Morihei expressava como :

“Eu sou o universo!”

A energia gerada pelo movimento do adversário, é transferida para ele mesmo, durante o seu ataque. “Uma vez tomada a iniciativa pelo agressor, a questão já está decidida” Morihei Ueshiba

Pratyãhara significa “libertar-se da confusão”, um afastamento da distração dos sentidos, uma mente resoluta e imperturbável.

Nesse sentido, Morihei ensinava:

“Não fixe o olhar nos olhos do seu oponente: ele pode hipnotizá-Ia. Não fixe os olhos na espada, ou ela lhe cortará. Não se concentre no seu oponente de maneira alguma: ele pode absorver sua energia.”

Referência:  Texto acima salvo há muitos anos, lembro de ser um site do Rio de Janeiro, procurei novamente, mas não consegui localizar o autor de tão belo texto!